O TRANSPORTE PÚBLICO MACAENSE AINDA ESTÁ CAÓTICO!

Apesar da iniciativa em resolver alguns problemas, o segmento do transporte público enfrenta crise em Macaé

O problema do transporte público em Macaé é um caso antigo. Por mais que a população reclame ou a classe política demonstre alguma reação (ainda que tímida), poucas ações são realizadas e os problemas se multiplicam. Nas ruas, achar uma pessoa que esteja, pelo menos, 80% satisfeita com o transporte público é quase impossível. Enquanto isso, o Poder Público permanece inerte diante uma bomba que está prestes a explodir. A Câmara Municipal de Macaé tentou reverter este quadro com a CPI do SIT (Sistema Integrado de Transportes), mas a população quer mais. Hoje, uma volta por Macaé em dois ou três ônibus, utilizando a integração, gera uma viagem de mais de uma hora. Fora do trânsito, os problemas continuam: nas ruas, a população reclama do péssimo estado de conservação dos terminais, que, há menos de seis anos, custaram fortunas aos cofres públicos. Alguns terminais já se encontram desativados e causando riscos a população por estarem abandonados e sem nenhum tipo de proteção ou manutenção, como o Terminal Lagoa e o Terminal Novo Hospital. Uma das usuárias dos terminais, grávida de sete meses, relatou este drama. O sanitário público feminino está em péssimas condições, impróprio para o uso de qualquer pessoa. "Não tem papel nem um sabão para lavar as mãos. Sem falar na sujeira do chão e dos vasos", disse. Já outro, criticou a situação em que o Terminal Central se encontra. "Nem dá para utilizar o banheiro de uma forma adequada, de tão sujo que está. Fico pensando como faria uma pessoa em uma situação de extrema necessidade", apontou o jovem. Muitos abrigos, que também custaram um alto valor do dinheiro público, foram destruídos por vândalos. Na Rodovia Amaral Peixoto, na altura da Praia dos Cavaleiros, um dos abrigos fora destruído servindo de risco até para quem passa pela calçada. Ele foi isolado pela Defesa Civil. Outra reclamação comum dos passageiros é o constante atraso na circulação dos ônibus, que acabam não respeitando os horários fixados. Além disso, O SIT, que deveria aumentar o fluxo de ônibus em horários de pico, parece que faz com que, num passe de mágicas, todos os ônibus desapareçam prejudicando boa parte da população macaense que chega a permanecer no ponto de ônibus 2 ou 3 horas a espera de um ônibus e há também a escassez do ônibus em horários mais tarde, como 9 e 10 horas da noite. No Parque Aeroporto é aconselhável ir para o ponto de ônibus até as 9 horas, pois mais tarde corre o risco de ficar por mais de 2 horas no ponto esperando. Como se não bastassem todos estes fatores e as causas que provocam a reação natural da população, fica a pergunta: o que falta para haver mobilidade urbana pública em Macaé? No caso dos abrigos e dos Terminais, quem é o responsável pelo mal estado: é a Mobilidade Urbana, é a Secretaria de Manutenção, Secretaria de Serviços Públicos ou nenhuma delas? Muitas soluções aparecem a todo o momento, enquanto a população aguarda por respostas. "O transporte público em Macaé é muito problemático. Para começar, nem as guaritas, que deveriam nos proteger nos momentos de chuva enquanto aguardamos os ônibus, funcionam direito. Talvez se a Prefeitura fosse mais enérgica com as empresas de ônibus, o negócio poderia ser melhor", disse o aposentado acostumado a utilizar o transporte macaense. fonte:  http://www.jornalexpressoregional.com.br/noticias_ver.php?id=1721 com modificações de Priscila Calmon